quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

impressões de cabo verde - africa

Partilhando contigo e com o mundo:






Estive em Cabo Verde no periodo entre 17 e 25 de janeiro de 2010. Muitas impressões, muita mudança iterior, algumas descobertas...Descobrir que há um mundo fora do espaço limitado que enxergamos, descobri que viver as coisas intensamente é precioso, descobri que Deus não é sempre tão óbvio e nos prepara surpresas que nos tiram do nosso eixo, descobri também que aquilo que chamamos Africa , na verdade, as vezes é Brasil mesmo.













Partindo ao desconhecido


Considerei como um primeiro sinal divino de que algo novo me esperava nesses novos ares o nascer do sol, visto da janela do avião. Quase um milagre. O céu aos poucos tingido-se de cores, o sol que parecia rasgar o céu...Tantas cores: branco, azul, nuvens negras, amarelo, laranja, um vermelho tão vivo quanto sangue...Fez-me lembrar da beleza da vida acima da hipocrisia das pessoas. Depois de algum tempo desse espetáculo de cores vi o sol. O sol me encanta particularmente sempre que penso nele como uma bola de fogo suspensa no ar. O sol é um risco, ele pode desabar sobre nossas cabeças. Enquanto a lua é delicada, doce, melancolica, o sol simplesmente arde e exala luz. Eles se completam. E há algo de misterioso pra se aprender entre o sol e a lua. Algo acima da mediocridade das pessoas.



Desembarcamos por volta de 9h da manhã, tinhamos acabado de ver o nascer do sol. O fuso horario é meio doido. É infinitamente mais fácil entrar em cabo verde do que sair do Brasil. As pessoas são quase brasileiras. A maioria tem um ar de acolhimento e um sorriso grande e bonito.



Gostaria de ter sentido essas primeiras horas sem pressas, gostaria de ter olhado para os os lugares com contemplação.



A noite chega tarde por lá, acho que é a época do ano, a lua demora a aparecer. Quando chega a noite sopra um vento frio; O vento é muito forte. As praças são lindas, há uma com uma fonte, alguns bancos, no fim da tarde há pessoas de patins, skate, bicicleta... Há uma outra que tem um café chamado café da Sofia.



Há muitas lojas coreanas. Tivemos a principio alguma dificuldade em achar coisas de Cabo verde. Mas encontramos algumas.



Fomos há algumas praias. A que ficava mais perto era a Ganboa(não sei se se escreve assim) Há uma outra ainda perto que chama-se prainha. Uma muito distante chamada Tarrafal, para ir até lá subimos uma serra, demoramos pouco mais de uma hora e meia no ônibus até lá. O caminho lembra o Ceará, as chapadas, a vegetação rasteira. Tarrafal é uma coisa linda. Em todas as praias há conchas e buzios em formatos diferentes dos nossos, trouxe alguns e coloquei em meu altar.



Encontramos muita gente linda, fizemos amigos que nunca serão esquecido.
Jamais vou esquecer a Sofia. Tomara que um dia ele possa vir nos visitar.
Jamais vou esquecer as batucadeiras, a coisa mais ritualistica que vi por lá, me dá uma sensação de contato com alguma ancestralidade distante. Jamais vou esquecer aquele público que nos viu dançar com reações tão inusitadas. Jamais vou esquecer.


Mas das coisas mais lindas que vivi por lá, a maior, a mais bonita, aconteceu sem eu perceber. Aconteceu por que devia acontecer. Me apaixonei. Encantei-me pelos olhos de alguém, pelo seu sorriso, pelas suas bricadeiras, pelas palavras que me dizia mesmo qaundo eu não compreendia nada, encantei-me pela sua presença, pela sua voz, pela segurança que me transmite. Eu o tenho bem guardado em meu coração, estou querendo lutar por isso...Por que é grande, por que nunca vivi nada assim, por que uma coisa tão louca como essa tem que valer a pena, por que me da vontade de viver, por que não dá mais praviver como se ele não existisse...

Amado Deus, te peço que conserve em meu coração o fogo das paixões que movem a vida. Nos encontramos. Não permita que estajamos longe por muito tempo. Não permita que a vida corra sem que a gente esteja um no outro. Não permita que não seja nada. Precisa ser alguma coisa.

É só um mar. A distancia de um mar. O mar não vai se por contra mim. O mar me conhece, sabe de mim, conhece o meu sangue,minha respiração. O mar vai fazer correr um vento bravio que traze-lo para mim ou levar-me para lá. O mar não trairia meus sentimentos. Preciso ver o mar, assim pode ser que veja o rosto dele nas águas, pode ser que no mar o tempo volte e eu esteja denovo em seus braços.

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