quinta-feira, 25 de junho de 2009






















Estou tentando me salvar...Hoje, depois de ficar doente entendi que talvez não queira a morte...Se quisesse por que me preocuparia? Porque tomaria remédios? E se quisesse morrer por que me preocupar com a existencia mediocre dos outros? Não, não quero morrer...Viver é foda e morrer é muito dificil...Quero viver para poder dar mais de mim ao meu amor e para provar para ele que posso ama-lo com toda a minha existência, embora ainda não seja muito...Quero encontrar logo esse caminho de volta pra casa do meu amado.

Onde foi que me perdi, meu querido? onde nos afastamos? será que nos afastamos mesmo algum dia? Não foi essa distância uma forma de gritar que quero viver de maneira a melhor sentir o teu amor?

Você venceu! Você vence sempre...Estou retornando...Estou ganhando forças e parece que vai ficar tudo bem. Por mim e por você.

Que o mundo seja o que é. Eu e você vamos amar até que o amor saia pelos nossos poros...
cantico espiritual - são joao da cruz


Esposa


1. Onde é que te escondeste,
Amado, e me deixaste com gemido?
Como o cervo fugiste,
Havendo-me ferido;
Saí, por ti clamando, e eras já ido.

2. Pastores que subirdes
Além, pelas malhadas, ao outeiro,
Se, porventura, virdes
Aquele a quem mais quero,
Dizei-lhe que adoeço, peno e morro.

3. Buscando meus amores,
Irei por estes montes e ribeiras;
Não colherei as flores,
E passarei os fortes e fronteiras.

Pergunta às criaturas

4. Ó bosques e espessuras,
Plantados pela mão de meu Amado!
Ó prado de verduras,
De flores esmaltado,
Dizei-me se por vós ele há passado!

Resposta das criaturas

5. Mil graças derramando,
Passou por estes soutos com presteza
E, enquanto os ia olhando,
Só com sua figura
A todos revestiu de formosura.

Esposa

6. Quem poderá curar-me?!
Acaba de entregar-te já deveras;
Não queiras enviar-me
Mais mensageiro algum,
Pois não sabem dizer-me o que desejo.

7. E todos quanto vagam,
De ti me vão mil graças relatando,
E todos mais me chagam;
E deixa-me morrendo
Um "não sei quê", que ficam balbuciando.

8. Mas como perseveras,
Ó vida, não vivendo onde já vives?
Se fazem com que morras
As flechas que recebes
Daquilo que do Amado em ti concebes?

9. Por que, pois, hás chagado
Este meu coração, o não saraste?
E, já que mo hás roubado,
Por que assim o deixaste
E não tomas o roubo que roubaste?

10. Extingue os meus anseios,
Porque ninguém os pode desfazer;
E vejam-te meus olhos,
Pois deles és a luz,
E para ti somente os quero ter.

11. Mostra tua presença!
Mate-me a tua vista e formosura;
Olha que esta doença
De amor jamais se cura,
A não ser com a presença e com a figura.

12. Ó cristalina fonte,
Se nesses teus semblantes prateados
Formasses de repente
Os olhos desejados
Que tenho nas entranhas debuxados!

13. Aparta-os, meu Amado,
Que eu alço o vôo.

Esposo

Oh, volve-te, columba,
Que o cervo vulnerado
No alto do outeiro assoma,
Ao sopro de teu vôo, e fresco toma!

Esposa

14. No Amado acho as montanhas,
Os vales solitários, nemorosos,
As ilhas mais estranhas,
Os rios rumorosos,
E o sussuro dos ares amorosos;

15.A noite sossegada,
Quase aos levantes do raiar da aurora;
A música calada,
A solidão sonora,
A ceia que recreia e que enamora.

16. Caçai-nos as raposas,
Que está já toda em flor a nossa vinha;
Enquanto destas rosas
Faremos uma pinha;
E ninguém apareça na colina!

17. Detém-te, Aquilão morto!
Vem, Austro, que despertas os amores:
Aspira por meu horto,
E corram seus olores,
E o Amado pascerá por entre as flores.

18.Ó ninfas da Judéia,
Enquanto pelas flores e rosais
Vai recendendo o âmbar,
Ficai nos arrabaldes
E não ouseis tocar nossos umbrais.

19. Esconde-te, Querido!
Voltando tua face, olha as montanhas;
E não queiras dizê-lo,
Mas olha as companheiras
Da que vai pelas ilhas mais estranhas.

Esposo

20.A vós aves ligeiras,
Leões, cervos e gamos saltadores;
Montes, vales, ribeiras,
Águas, ventos, ardores,
E, das noites, os medos veladores:

21. Pelas amenas liras
E cantos de sereias, vos conjuro
Que cessem vossas iras
E não toqueis no muro,
Para a Esposa dormir sono seguro.

22. Entrou, enfim, a Esposa
No horto ameno por ela desejado;
E a seu sabor repousa,
O colo reclinado
Sobre os braços dulcíssimos do Amado.

23. Sob o pé da macieira,
Ali, comigo foste desposada;
Ali te dei a mão
E foste renovada,
Onde a primeira mãe foi violada.

Esposa

24. Nosso leito é florido,
De covas de leões entrelaçado,
Em púrpura estendido,
De paz edificado,
De mil escudos de ouro coroado.

25. Após tuas pisadas
Vão discorrendo as jovens no caminho,
Ao toque de centelha,
Ao temperado vinho,
Dando emissões de bálsamo divino.

26. Na interior adega
Do Amado meu, bebi; quando saía,
Por toda aquela várzea
Já nada mais sabia,
E o rebanho perdi que antes seguia.

27. Ali me abriu seu peito
E ciência me ensinou mui deleitosa;
E a ele, em dom perfeito,
Me dei, sem deixar coisa,
E então lhe prometi ser sua esposa.

28. Minha alma se há votado,
Com meu cabedal todo, a seu serviço;
Já não guardo mais gado,
Nem mais tenho outro ofício,
Que só amar é já meu exercício.

29. Se agora, em meio à praça,
Já não for mais eu vista, nem achada,
Direis que me hei perdido,
E, andando enamorada,
Perdidiça me fiz e fui ganhada.

30. De flores e esmeraldas,
Pelas frescas manhãs bem escolhidas,
Faremos as grinaldas
Em teu amor floridas,
E num cabelo meu entretecidas.

31. Só naquele cabelo
Que em meu colo a voar consideraste
- Ao vê-lo no meu colo -,
Nele preso ficaste,
E num só de meus olhos te chagaste.

32. Quando tu me fitavas,
Teus olhos sua graça me infudiam;
E assim me sobreamavas,
E nisso mereciam
Meus olhos adorar o que em ti viam.

33. Não queiras desprezar-me,
Porque, se cor trigueira em mim achaste,
Já podes ver-me agora,
Pois, desde que me olhaste,
A graça e a formosura em mim deixaste.

34. Eis que a branca pombinha
Para a arca, com seu ramo, regressou;
E, feliz, a rolinha
o par tão desejado
Já nas ribeiras verdes encontrou.

35.Em solidão vivia,
Em solidão seu ninho há já construído;
E em solidão a guia,
A sós, o seu Querido,
Também na solidão, de amor ferido.

36. Gozemo-nos, Amado!
Vamo-nos ver em tua formosura,
No monte e na colina,
Onde brota a água pura;
Entremos mais adentro na espessura.

37. E, logo, as mais subidas
Cavernas que há na pedra buscaremos;
Estão bem escondidas;
E juntos entraremos,
E das romãs o mosto sorveremos.

38. Ali me mostrarias
Aquilo que minha alma pretendia,
E logo me darias,
Ali, tu, vida minha,
Aquilo que me deste no outro dia.

39. E o aspirar da brisa,
Do doce rouxinol a voz amena,
Do souto e seu encanto,
Pela noite serena,
Com chama que consuma sem dar pena.

40. Ali ninguém olhava;
Aminadab tampouco aparecia;
O cerco sossegava;
Mesmo a cavalaria,
Só à vista das águas, já descia.
Me dei, sem deixar coisa,
E então lhe prometi ser sua esposa.

Fonte: "O amor não cansa nem se cansa", Editora Paulus

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Não há nada a fazer quando o coração se decide a não fazer nada.
Sinto falta de um sopro de vida que continha a minha esperança e a minha vontade de viver. Ele esta se esvaindo. Esta indo embora...E não sei como recupera-lo porque toda tentaiva minha de continuar vivendo me parece frustada, toda necessidade de fazer algo para me dar sangue de vida nova parece que se vai com cada nova tentativa...é triste. tem sido muito triste. e os momentos de solidão são os piores. Por isso eu os tenho evitado...São nesses momentos que me rendo a morte! Estou querendo não me render...a todos os que rezam, a todos os que acreditam em Deus eu imploro: reze por mim. Clame a ele que me salve!

sexta-feira, 19 de junho de 2009



gostaria de ter conseguido escrever antes!

Sera que sou eu? Ali , debruçada na janela? A vida parece ser tão boa quando vista atraves dos muros...O sol pareace ter uma multidão de cores e sua luz parece que vem nos arrebatar a visão e a alma. Há tanto brilho...Mas na verdade não há. não há nada...Apenas existem as sombras. Não se apaixone, não queira acreditar no humano, pq não nada no humano q seja humano o suficiente. O ser humano rejeita a verdade, o amor, o respeito mutuo...o ser humano se rejeita. Tem cada vez menos coisas pra fazer enquanto estou viva e no entanto a tanto o que fazer...Eu queria mesmo amar mais do que as minhas proprias forças...Queria que a loucura fosse me entregar a essa luz multicolirida de vida e que dentro dessas luz houvessem braços. Braços que acolhessem e amassem. E bocas que proferissem bençãos e beijos. Mas as pessoas não estão interessadas no amor. Nem as que falam dele como se o conhecessem. As pessoas se conformam com suas formatações de amor e repudiam tudo o que não lhes é conhecido. As pessoas incluindo eu mesma, são mediocres e não há nada de novo nelas. É dificil que eu posso conseguir me fazer amar, nem sei pq....E o pior disso é que eu amo. amo com fogo em minha alma. amo e desejo sempre amar.

meu querido, minha vida, meu amor....Pq não consigo ficar sempre perto de vc? Pq não consigo esquecer q é preciso viver com pessoas,para viver somente contigo? pq vc quer que eu viva com as pessoas? ja esta claro, elas não me querem, não sou como elas, não faço parte de seus jogos, nem quero, não quero fazer parte da galera, não me sinto a vontade respirando esse ar e tendo q ficar ponderando tudo o que digo, como se toda palavra q saisse da minha boca fosse um pecado mortal.

Toda palavra q sai da minha boca ultimamente fala de uam tentantiva desesperada de querer viver.

Espero q encontremos juntos um bom motivo!

Ainda o amo . como sempre.minha vida, minha fortaleza, meu Deus.

terça-feira, 2 de junho de 2009



Eu não poderia esperar nada menos de você...Esta tentando me resgatar, me trazer de volta...Obrigada meu amor:

Estar com você é meu ar e meu sanguemeu querido Rei, te saudo e falo a ti. Agora estou aqui te peço outra chance: me deixa voltar aquele recanto escondido onde só há você.