DESAPONTE-ME

ganhei uma rosa vermelha e murcha
ela me arranhou quando a toquei.

Sempre sonhei com felizes para sempre
que não existem.

O silencio doi.
As vezes.
As vezes é vago.
As vezes é a única coisa que me vem a cabeça.
Nesse "as vezes" me perco, me deixo em pedaços,
me faço escurecer antes da noite.

Tenho medo de me revelar, medo que as pessoas usem isso contra mim.


( escrito por mim, liana cavalcante e por Roberta Bernardo no processo de montagem do espetaculo "Desaponte-me")

A grande verdade é que a gente se engana.
As coisas não são o que parecem...
Vivemos no meio de mentiras e parece que assim ta tudo bem...

Eu não sou pessimista, não sou infeliz....
Eu sou apenas menos comum,
eu prefiro dizer a verdade quase todo tempo
porque a verdade nem sempre é mais doce, mas é sempre mais digna.

Num lugar onde ninguem habita, noite fria e escura.

Sinto que muita coisa está mudando............

Perdi e acoragem de resistir e tudo o que se passa ainda é um segredo, mesmo para mim.

Mais uma vez habito uma montanha russa desgovernada, mais uma vez sem controle.